XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)
Pôr em prática um tipo de educação que provoca
criticamente a consciência do estudante necessaria-
mente trabalha contra alguns mitos que nos defor-
mam. Esses mitos deformadores vêm da ideologia
dominante na sociedade. Ao contestar esses mitos,
também, contestam o poder dominante. (FREIRE,
Paulo, 1986, p. 39).
Na tentativa de expandir o diálogo acerca do idioma
com o qual o professor fala para seus alunos comuns ou para
o público em geral, a obra dialoga sobre as relações confli-
tuosas dentro de sala de aula, como a limitação da partici-
pação dos alunos, resultando em discussões que o professor
acaba tendo consigo mesmo, respondendo em voz alta as
perguntas que ele mesmo formula. Diante da restrição da
participação efetiva dos estudantes, torna-se necessária a
proposição, não da abolição dos conceitos didáticos e jar-
gões acadêmicos, mas a aproximação com o concreto, com
o cotidiano dos alunos.
O abismo entre as falas compreende: a distância lin-
guística, professores com encargos tecnicistas e linguajar
culto, espaços entre o conhecimento do aluno e do pro-
fessor, assuntos difusos que fogem da realidade do aluno
e a pretensiosidade do educador com relação ao saber do
educando.
Na compreensão do professor para com o universo do
aluno, a interação das experiências deve se completar com a
percepção do docente a do discente, nas diferentes formas
de leitura do mundo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A formação do profissional libertador parte do princí-
pio do debate horizontal, promovendo a quebra do abismo
da verticalidade - noção de professor autoritário e aluno ou-
vinte. O educador libertador, caracteriza-se como o oposto
do educador domesticador, através da tentativa de estabe-
lecer uma relação de coleguismo com os estudantes, porém,
isso não significa que o professor se iguale ao aluno, mas