666
EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
ção do minério também não acontece ao redor do porto,
é em um local distante, e desse local distante os minérios
são deslocado até o Porto de Antofagasta, também desta-
ca o professor, que os minério que atravessam esse porto
são os mesmos que atravessarão o Porto de Rio Grande, o
chumbo e o cobre. Conforme Barcellos, ocorre que depois
que “o Porto de Antofagasta começou a concentrar chum-
bo, fazer o armazenamento e descarregamento de chumbo
(...) começaram a ocorrer vários casos de contaminação em
crianças e adultos por chumbo”
(informação verbal). Outro
caso parecido de carga e descarga acontece no porto de
Calau no Peru, citava o professor.
O chumbo é um metal altamente letal, em contato
com o ser humano e outros animais causa doenças e até a
morte. Como visto na Figura 1, o chumbo será exportado
para fora do país através de navios, qualquer vazamento ou
acidente que houver com esses navios, trará impactos de
muita gravidade. Para ampliar a compreensão:
As operações portuárias (...) geram uma série de im-
pactos ambientais no entorno e nas áreas do porto.
Segundo ESPO (2010), entre as principais priorida-
des para o setor de meio ambiente dos portos euro-
peus, nos últimos quinze anos, estão: qualidade do
ar e poeiras associadas à movimentação de cargas,
operações de dragagem e disposição dos sedimen-
tos dragados, resíduos sólidos gerados nas opera-
ções, desenvolvimento do porto quanto à utilização
da água e do solo, ruídos associados às operações,
efluentes industriais e descargas de efluentes dos
navios. Esses mesmos problemas se aplicam aos
portos brasileiros, apesar da ordem de importância
entre eles não ser a mesma que a apresentada nos
portos da Europa, principalmente nos últimos anos,
uma vez que o setor portuário europeu apresenta
ótimos padrões de controle de poluição, enquanto
que os brasileiros ainda necessitam de mais aten-
ção e investimento. (TAVARES, 2012).
Não bastasse a preocupação com o território e com as
comunidades tradicionais, com as reservas, verdadeiros lo-
cais paradisíacos, ricos em biodiversidade, desta vez a preo-