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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

A eles e elas, sem-terra, a seu inconformismo, à sua

determinação de ajudar a democratização deste

país devemos mas do que às vezes podemos pen-

sar. E que bom seria para a ampliação e a conso-

lidação de nossa democracia, sobretudo para sua

autenticidade, se outras marchas se seguissem à

sua. A marcha dos desempregados, dos injustiça-

dos, dos que protestam contra a impunidade, dos

que clamam contra a violência, contra a mentira e o

desrespeito à coisa única. A marcha dos sem-teto,

dos sem-escola, dos sem-hospital, dos regenerados

(FREIRE, 2000,

on-line

).

E aqui acrescentamos a marcha do movimento ‘Não

a mineração em São José do Norte’ e do movimento ‘Rio

Camaquã - União Pela Preservação’.

CONCLUSÃO

A partir do arcabouço teórico apresentado ao longo

desta redação, concluímos que para educar é necessário in-

dignar-se diante das injustiças sociais e ambientais. É não

aceitar como natural o que é perverso ao meio ambiente,

aos povos tradicionais, as comunidades rurais, as crianças,

as mulheres, aos negros, aos transexuais, aos animais... É fa-

zer da pedagogia do oprimido, uma pedagogia do guerrei-

ro, denunciando o que é desumano e malévolo, sem acomo-

dar-se diante das dificuldades do cotidiano. Por isso, as mo-

bilizações são tão necessárias à pedagogia da indignação.

Pelo exposto, sentimos a necessidade de validar neste

espaço, no XX Fórum de Estudos: Leituras de Paulo Freire a

luta que estamos vivenciando na região sul do Brasil, cobi-

çada como tantas que já caíram nas ruínas e desgraças de

exploração gananciosa. Citamos cidades como Pelotas, Rio

Grande, São José do Norte, Caçapava do Sul, mas o entorno

ameaçado pelo impacto de instalação de um empreendi-

mento deste tipo, mineradora já é conhecido de muitos. Os

desastres são divulgados por suas dimensões e impasses ju-

rídicos, mas jamais se saberá efetivamente a proporção dos

danos sem restituição, ambientais, ou causados à cada cida-

dão e cidadã.