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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)

criança que se alfabetiza, pressupõe uma experiência social

que o precede – a da ‘leitura’ do mundo. (FREIRE, 1978)

Na interface da experiência social atual, qual leitura

de mundo é possível fazer? O que se constata é um cená-

rio político-social repleto de embates antidemocráticos e

excludentes.

Ao olharmos sua obra, Paulo, percebemos uma pro-

posta de educação interdisciplinar, com o grande objetivo da

libertação dos oprimidos, ou seja, a humanização do mundo

por meio da ação cultural libertadora. Não basta saber ler

que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que

Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para pro-

duzir a uva e quem lucra com esse trabalho. (FREIRE, 1991.)

Refletir sobre a dimensão humana, nos faz pensar sobre a

nossa posição enquanto educador. O que defendemos? A

quem servimos? A humanização é uma constante busca que

denuncia e luta contra qualquer forma de desumanização.

Diante da vastidão de contribuições, ouso relatar uma

proposta que prima pela valorização das diferenças, em

uma comunidade escolar de um pequeno município: Fa-

gundes Varela. Lá é conhecido por Programa Florescer sob

o princípio da interação, por meio do diálogo crítico em uma

proposta metodológica com foco na promoção de valores

humanos.

O Florescer toma por ação institucional, a “pedagogia

da cooperação”, uma matriz baseada no movimento freiria-

no, adotando técnicas de trabalho cooperativo, prevendo

uma pedagogia viva, que acontece em diferentes momentos

e em muitos movimentos, sendo articulada organicamente

perante as necessidades em diferentes contextos.

Partindo de leituras sobre o “Método para Alfabeti-

zação de Adultos”, desenvolvido em Angicos na década de

1960, encontramos a aproximação entre Programa Florescer

e as concepções freirianas de educação, contida na afirma-

ção de que os humanos educam-se em comunhão media-

dos por determinado objeto de conhecimento, particular-

mente, a realidade vivida, pois [...] ninguém educa ninguém,