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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT8: EMPODERAMENTO LEGAL

A metodologia do projeto possui quatro pila-

res. O primeiro é a utilização da tecnologia como

ferramenta para democratizar o acesso ao Mapa

do Acolhimento e atender à amplitude territorial e

numérica dos casos. O segundo é a atuação de

caráter territorial por meio da geolocalização: bus-

ca-se sempre a voluntária habilitada e/ou o serviço

público mais próximo para oferecer atendimento à

mulher em situação de risco, facilitando o acesso,

o deslocamento, a atuação em rede e a minimiza-

ção da rota crítica. Para tanto, além do mapea-

mento das psicólogas e advogadas, mapeia-se

todos os serviços da Rede de Enfrentamento à Vio-

lência contra as Mulheres de todo Brasil como Dele-

gacias da Mulher, Centros de Referência e Defen-

sorias Públicas. Assim, facilita-se a articulação entre

setores públicos e organizações da sociedade civil

para parcerias e outras construções, como a cria-

ção de protocolos de segurança para atendimen-

to e a capacitação das profissionais que atuam no

campo. Esse diálogo é necessário para a eficiência

das intervenções que buscam o rompimento do

ciclo da violência, o atendimento qualificado e o

acolhimento de quem sofre violência de gênero:

“As diversas demandas da mulher extrapolam o

poder de resolutividade de um único setor, o que

requer um conjunto articulado de ações interseto-

riais” (ERDMANN et al, 2014).

O terceiro pilar metodológico é o cuidado e

a diligência. No cadastro das profissionais voluntá-

rias avalia-se seu registro profissional, seu compro-

metimento com o código de ética e a gratuidade

dos atendimentos, o respeito à identidade de gê-

nero e a não culpabilização da mulher. O Mapa

do Acolhimento possui como princípio transversal

a priorização da experiência da mulher, fortale-