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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT8: EMPODERAMENTO LEGAL

processos revisados e a plataforma foi relançada.

Em um mês, recebemos quase 4000 cadastros de

psicólogas e advogadas e, entre junho e outubro,

mais de 2000 pedidos de ajuda pelo site.

O Mapa do Acolhimento tem o objetivo de

estar presente onde o serviço público é defasado

ou precarizado e atuar de maneira territorial e mul-

tidisciplinar. O objetivo a longo prazo é, a partir dos

dados coletados, alinhar a prestação de serviço

à incidência em políticas públicas para o acolhi-

mento de mulheres e realizar uma pesquisa nacio-

nal para obter um Índice de Cidades Acolhedoras.

As experiências mundiais de combate à

violência de gênero comprovam a necessidade

da constituição de redes multidisciplinares e mul-

tissetoriais de atendimento. No Brasil, as parcerias

entre os serviços ainda são insuficientes diante da

complexidade dos casos e da escala do território

nacional (Camargo e Aquino, 2003). Portanto, o

momento é fértil para a atuação da sociedade ci-

vil organizada em caráter de complementaridade

da oferta de serviços públicos de acolhimento a

mulheres. De acordo com Maria Amélia de Almei-

da Teles (2001)

“A denúncia é um processo de cora-

gem (...). Na maioria das vezes, a mu-

lher só denuncia quando a relação

tornou-se insuportável. Há necessida-

de urgente de que essa mulher tenha

acolhimento, orientação e proteção

de seus direitos de imediato. No Brasil,

são raríssimos os serviços que acolhem

a vítima respeitando-a em sua digni-

dade e individualidade. Isto dificulta

a denúncia. Mas também é preciso

promover a auto-estima e o acesso à

cidadania para que a mulher sinta-se

fortalecida e estimulada a lutar e de-

fender seus direitos.”