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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT6: POLÍTICAS PÚBLICAS,
MOVI
MENTOS SOCIAIS E DEMOCRACIA: LUTAS, AVANÇOS E RETROCESSOS
De um lado, trata-se da caracterização
econômica, social e política de 20 mil EES, realiza-
da no escopo do segundo Mapeamento Nacional
da Economia Solidária no Brasil (2009-2013). De ou-
tro lado, tem-se em vista os dados de uma pesqui-
sa amostral (2013), realizada em 15 Estados com o
objetivo de colher informações sobre os itinerários
de vida, as ocupações, as modalidades de parti-
cipação na Economia Solidária e ao envolvimen-
to social e político dos integrantes daqueles em-
preendimentos. Tais dados permitem explorações
analíticas em diversos sentidos, a exemplo de estu-
dos anteriores focalizando dados do primeiro Ma-
peamento Nacional (2005-2007), cujos resultados
do ponto de vista da participação sociopolítica
(GAIGER, 2012) compõem o ponto de partida da
análise aqui proposta. As informações da pesquisa
amostral, em particular, propiciam um acréscimo,
ao facultarem correlacionar os perfis e itinerários
dos integrantes natos da Economia Solidária às ca-
racterísticas e às práticas de cooperação interna
e externa dos seus empreendimentos. Facultam,
assim, verificar em quais EES a participação so-
ciopolítica de seus membros é favorecida e com
quais desdobramentos em seu ativismo cívico.
Metodologicamente, esse trabalho pro-
põe-se a exemplificar como o escrutínio de dados
abrangentes serve ao balizamento de questões e
de linhas argumentativas sobre o papel da Eco-
nomia Solidária, na política e em outras esferas da
vida social. No plano teórico, seu objetivo é foca-
lizar a Economia Solidária do ponto de vista das
intersecções entre a participação popular e a ins-
titucionalidade política. Incide assim na questão
democrática, no fato de que os cidadãos brasi-
leiros permanecem profundamente desiguais, do