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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT4: DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS

BIOPOLÍTICA POSITIVA: O MOVIMENTO

DE MULHERES NEGRAS E A PAUTA DOS

DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS

Junara Nascentes Ferreira

(Enfermeira do Hospital Fêmina. Especialista

em Saúde Coletiva pela ESP/RS. Mestra e

Doutoranda em Sociologia pela UFRGS)

Maria Luisa Pereira de Oliveira

(Graduação em Psicologia. Mestra em Saúde

Coletiva. Ativista do Movimento de Mulheres Negras

Feministas. Integrante da Rede Nacional Feminista

de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos)

Os dados sobre pré-natal no Município de

Porto Alegre, no período de 2001 a 2011, indicam

que aproximadamente 75% das gestantes auto-

declaradas brancas fizeram 7 ou mais consultas

de pré-natal, enquanto nas negras esse percen-

tual cai é menor que 60%. A Mortalidade Materna

no mesmo município também demonstra iniquida-

des de raça-cor. Enquanto que entre as mulheres

brancas a taxa de mortalidade materna foi de 30

casos por 100.000 nascidos vivos nos últimos dez

anos, entre as mulheres negras esse número se ele-

va para 90 casos (PMPA, 2014). Mesmo antes da

institucionalização dos indicadores de saúde se-

xual e reprodutiva, entidades do Movimento Femi-

nista Negro (MMN) pontuavam, desde a década

de 1980, desigualdades relacionadas a saúde das

mulheres negras.

Diante desse quadro tem-se como objetivo

refletir sobre a participação do MMN nas principais

políticas públicas voltadas aos direitos sexuais e

reprodutivos no Brasil. Através de uma análise do-

cumental de políticas e artigos sobre o tema. O