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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT4: DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS

clusivamente biológico. Portanto, nesta perspec-

tiva, a menopausa é vista como um período de

falência, de perda da feminilidade, da beleza e

do desejo sexual, ou seja, um marco entre o fim do

frescor da juventude, da feminilidade, da reprodu-

ção e o início da velhice. Ignora-se a individuali-

dade e o contexto socioeconômico e cultural e

direciona-se o olhar para uma perspectiva de vida

negativa. Em abordagens contemporâneas das

ciências sociais, a relação entre envelhecimento

e menopausa decorre de uma construção social

e relacional que envolve o corpo como parte da

experiência social. A menopausa significa, assim,

o limiar do envelhecimento e, ainda, representa a

necessidade de uma ressignificação da alterida-

de e subjetividade do feminino. O estudo realiza-

do por Souza e Araújo (2015) argumentou que a

menopausa faz parte do complexo fenômeno do

envelhecimento feminino e está diretamente as-

sociada a sintomas biopsicossociais subjetivos que

podem comprometer o bem-estar de mulheres.

Concluíram, também, que essa fase ocorre no “in-

visível social”, visto que esse assunto não é discu-

tido e, muitas vezes, nem percebido pelo círculo

familiar e social de convívio, uma vez que a me-

nopausa é definida e fundada em concepções

mais negativas que positivas, cuja complexa fase

marca a mulher por mudanças físicas, fisiológicas

e subjetivas ainda pouco estudadas, necessitan-

do uma maior interface com outras áreas afins.

Valença et al (2010), apontam a necessidade de

um olhar mais holístico e menos biologicista, que

proporcione à mulher se reconhecer como sujeito,

bem como, abrir espaços de intersubjetividades

no campo da assistência à saúde que possibilitem

a troca de conhecimentos e abertura para dife-