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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT3: GÊNERO, RAÇA E TRABALHO

Por fim, retoma-se a ideia de Connell de

que também no nível do grupo, a prática cole-

tiva de masculinidade se torna uma performan-

ce. São performances, contudo, que têm poucas

chances de levar a algum tipo de alternativa real

de vida a esses jovens e terminam por ser apenas

uma “resposta ativa às situações” (1995

,

p. 117).

Assim, conclui-se que a adesão à atividade ilícita

também se explica pela forma como as masculi-

nidades são construídas nesses contextos. Pauta-

dos por uma masculinidade marginalizada, esses

sujeitos melhor se identificam com atividades que

valorizam uma característica de dominação (físi-

ca ou social) e que possibilitam o sustento finan-

ceiro da família e o consumo de bens para a sua

afirmação social. O tráfico de drogas se apresenta

como uma possibilidade que corresponde às exi-

gências dessa masculinidade, seja por possibilitar

uma “performance coletiva”, seja pela alta lucra-

tividade ou seja ainda pela possibilidade de instru-

mentos que exarceberam a força, como a arma

de fogo.

Palavras-chave:

masculinidade; tráfico de drogas;

violência.

REFERÊNCIAS

BOURGOIS, Philippe.

In Search of Respect

: Selling

Crack in El Bairro. San Francisco: University of

California, 2003.

CONNELL, Ryan.

Masculinities

. 2. ed. Berkley; Los

Angeles: University of California Press, 1995.

HOOKS, Bell.

We real cool:

Black men and masculi-

nity. New York; London: Routledge, 2004.