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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT3:
GÊNERO, RAÇA E TRABALHO
togestão, solidariedade, valorização dos saberes
populares e as trocas de experiências, fomentan-
do a pesquisa aplicada conjuntamente com a
extensão universitária. Contribuindo, o processo
de incubação requer o respeito na relação entre
os formadores (estudantes, professores e técnicos
da universidade) e os cooperados dos empreen-
dimentos incubados (aqui também entendidos
como formadores), a qual é concebida pela pro-
ximidade, compreendendo a lógica relacional
freiriana da educação popular e do acompanha-
mento psicoemocional e psicopedagógico (MA-
TARAZZO; BOEIRA, 2016).
Os mecanismos pedagógicos e de asses-
soria técnica na incubação possuem um mérito
significativo, uma vez que a incubadora engloba
a responsabilidade de ser o elo entre a universida-
de e os empreendimentos solidários, fomentando
ambas as partes. Não obstante, a construção de
tecnologias sociais orientadas pela ação conjunta
entre os atores sociais, desempenham mecanis-
mos que favorecem o fortalecimento da inova-
ção social, a qual tem como potência solucionar
problemas das demandas de ordem social, seja
dentro de uma organização ou mesmo externo
a ela, como o caso das cooperativas incubadas
e sua relação com o seu território de atuação na
sociedade.
Contribuindo, a inovação social pode ser
considerada por duas ou mais visões distintas, por-
que ela pode viabilizar a transformação social,
bem como uma oportunidade de negócio, sendo
que ambas podem contribuir para o complexo co-
munitário, se praticado com ética e com objetivos
fins de movimento social (OLIVEIRA; ADDOR; MAIA,
2018). A título de elucidação das ações desempe-