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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT3: GÊNERO, RAÇA E TRABALHO

do se é mulher transgênero e se está inserida em

uma área de predominância masculina - tecnolo-

gias de informação. Priscila afirma que quando as

mulheres entram nesses espaços, elas incentivam

que outras mulheres possam ter as mesmas opor-

tunidades. Conclui-se que é preciso avançar mui-

to mais no estudo da articulação entre trabalho e

transgeneridade.

Foi possível constatar, em relação ao traba-

lho das mulheres trans, que a empresa que assume

como marca a inclusão das minorias consegue ini-

ciar um processo de questionamento das relações

de poder; mas isso deixa a trabalhadora trans

exposta a formas diversas de incompreensão ou

discriminação. Priscila mostrou-se corajosa no en-

frentamento desse desafio, entendendo a si mes-

ma como alguém que está a abrir caminhos para

que outras se sintam aptas a trilhá-los; o trabalho,

assim, guarda potencial de empoderamento das

mulheres trans. Cabe questionar a forma como as

relações de poder são reorganizadas para pro-

duzir relações menos hierárquicas em termos de

gênero.

Palavras-chave

: Trabalho; Identidade de gênero;

Desigualdades.

REFERÊNCIAS

KERGOAT, Daniele. Divisão sexual do trabalho e re-

lações sociais de sexo. In: HIRATA, Helena;

LABORIE, Françoise; LE DOARÉ, Hélène; SE-

NOTIER Danièle (orgs.)

Dicionário Crítico do

Feminismo

. São Paulo: UNESP, 2009.

MEYER, Dagmar Stermann. Gênero e educação:

teoria e política. In: LOURO, Guacira Lopes;

NECKEL, Jane Felipe; GOELLNER, Silvana Vi-