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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)

por serem tratados como profissões que “não dão dinheiro”

ou “não tem futuro”. Através de nossas aulas e discussões no

Pré-Universitário a respeito de nossa cidade e do rumo que

nossa educação vem tomando, onde se é prezada a educação

empreendedora e não a educação política e emancipadora,

nossos educandos entenderam o importante papel que cada

um deles têm na luta pela preservação e cuidado com a nossa

terra, com nosso povo, com a nossa cultura.

Um dos grandes acontecidos que gosto sempre de

mencionar é sobre a tentativa de instalação de uma empre-

sa de mineração na cidade, que traria sérios impactos am-

bientais para nossa Lagoa dos Patos e terra de onde nossas

famílias tiram o sustento. Nesta ocasião, os educandos do

Ousadia Popular, após uma roda de conversa sobre o que a

instalação desta empresa causaria em nossa cidade, decidi-

ram promover um abaixo assinado contra a vinda da mes-

ma. O abaixo assinado alcançou as casas das famílias, e as

escolas da cidade.

Para falar um pouco de minha tarefa enquanto coor-

denador do contexto Pré-Universitário Ousadia Popular,

assumi a tarefa de selecionar educadores para nosso curso

oriundos da própria cidade de São José do Norte, conta-

giando-se assim do pertencimento com a comunidade e o

entendimento da realidade de nossos educandos, o que nos

facilitou o diálogo e a construção de uma boa convivên-

cia durante o período de funcionamento de nossas aulas.

Muitos dos novos educadores, alguns anos antes eram edu-

candos, e vê-los voltar ao projeto como educadores nos faz

acreditar na força que a Educação Popular tem na conscien-

tização do dever social que temos com nossa gente.

[...] as ações do PAIETS, no que concernem os pres-

supostos epistemológicos, apostam na democra-

tização do ingresso e permanência à universidade

como direito, entendendo que através da inserção

participativa e crítica de sujeitos que historicamente

estão à margem da sociedade é que alcançaremos

a transformação social que almejamos. (PEREIRA et

al, 2016, p. 30)