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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT7: DIREITOS HUMANOS E DESIGUALDADES SOCIAIS

reitos, como o acesso e permanência à cidade,

seus equipamentos, bens e serviços, contribui para

a ampliação das desigualdades, resultando na

transgressão da dignidade humana, e, por con-

seguinte, na violação dos direitos humanos para

as famílias referidas

.

Considerando que a constru-

ção e desenvolvimento da questão urbana nas

cidades brasileiras é proveniente de um processo

sócio-histórico constituído a partir da organização

e condensação das estruturas de poder das clas-

ses dominantes, seus interesses políticos e econô-

micos. Isto é, o surgimento das cidades como co-

mitês de concentração das elites políticas e suas

instituições, resultando na dicotomia entre centro

e periferia. Por conseguinte, essa dicotomia ope-

rou como uma política classificatória e distintiva.

Com efeito, o centro se apresenta composto pelos

órgãos públicos e privados, fato este que denota

ao progresso, desenvolvimento, industrialização,

portanto, destinando-se a uma classe restrita; a

periferia, por sua vez, se configurou território ao en-

torno do centro, onde são alocadas as classes po-

pulares, os “indesejáveis”, fato este que vigora na

contemporaneidade. Sendo assim, pode-se consi-

derar a cidade como organizada segundo as insti-

tuições, integrando parte de um sistema produtivo,

que torna o espaço urbano um espaço de produ-

ção e consumo, portanto, um espaço fragmen-

tado, competitivo e descontínuo. Isto é, a cidade

apenas como espaços de consumo, desprovida

de ações, referenciando apenas suas estruturas

físicas/materiais, dissociada dos demais compo-

nentes urbanos. Nas considerações de Magnani

(2002:14) “a cidade como uma entidade à parte

de seus moradores: pensada como resultado de

forças econômicas, a partir de variáveis demográ-