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EIXO 15 – PAULO FREIRE E AS INFÂNCIAS
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
ras e educadores de Infâncias, Escola Infantil, Escola Funda-
mental Anos Iniciais, Pedagogia Freireana para as Infâncias.
Não raro, quando produzimos rodas de conversações sobre
a práxis freireana, percebemos o quanto existe de distân-
cia entre educadores de infâncias e crianças pequenas e os
estudos freireanos, o que acabamos escutando, por muito,
que Freire desenvolveu um pensamento pedagógico “para
jovens e adultos e escola em geral”. Essa afirmação bem in-
justa e distorcida tem nos levado a iniciar estudos de pes-
quisa sobre esta questão específica, em nosso pequeno e
iniciante grupo de pesquisa da Poiesis Espaço Pedagógico –
o GEPBIO, onde desejamos aprofundar estudos sobre a pre-
sença forte de Freire no universo das Infâncias. Esse traba-
lho não tratará, especificamente, dessa preocupação, nesse
momento, por estarmos escavando concretudes de relações
estreitas da vida de Freire com as crianças. Nessas buscas,
desse momento de primeirice de pesquisa, encontramos
essa obra, intitulada A casa e o mundo lá fora, de Nathercia
Lacerda, amparada por duas pesquisadoras, Cristina Laclet-
te Porto e Denise Sampaio Gusmão, publicado pela Edito-
ra Zit, em 2016. Por ora, desejamos compartilhar que este
recorte faz parte da primeira força desse trabalho, a qual
desdobra-se em uma pesquisa maior que o espaço Pedagó-
gico Livre e Autônomo Poiesis/Porto Alegre, intitulada Paulo
Freire e as Infâncias, vem constituindo, como movimento de
fundamentações e colaborações com tudo o que já existe
sobre este campo e também no sentido de abrir mais esta
discussão para as escolas acessarem com mais clareza estas
questões imbricadas. Esse trabalho, deseja conversar, afetiva
e politicamente, com a segunda força: as cartas escritas por
Paulo Freire à prima Nathercia, de 9 anos, em plena ditadura
militar no Brasil. Nesse movimento, desejamos compartilhar
a leitura de cada uma das cartas feitas por uma professora
que está em seu primeiro ano de exercício docente, com
crianças de 9 anos, em uma escola pública de Porto Alegre.
As escritas, a seguir, são expressões dessa jovem professora.
Os registros a seguir percorrem os olhares dessa professora,