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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT6: POLÍTICAS PÚBLICAS,

MOVI

MENTOS SOCIAIS E DEMOCRACIA: LUTAS, AVANÇOS E RETROCESSOS

para as mulheres, demonstrando que elas eram

revolucionárias e adeptas às ideias feministas

antes mesmo da própria Revolução (LÓPEZ-CA-

BRALES). Desde 1960 existe em Cuba a Federação

de Mulheres Cubanas que foi criada com o objeti-

vo principal da incorporação da mulher na socie-

dade e nos espaços de trabalho, bem como foi

parceira nas mudanças econômicas e sociais de

Cuba no período pós-revolução, contando atual-

mente com mais de quatro milhões de membros,

alcançando um protagonismo muito significati-

vo no estado cubano. O processo revolucionário

em Cuba foi gestado com a participação efetiva

das mulheres que já se encontravam organizadas

em Movimentos Sociais e Feministas. A Revolução

pautou a redistribuição de renda, que gerou um

nível mais igualitário nas condições de vida de

seus habitantes e, com isso, um empoderamento

de camadas sociais que antes se encontravam

à margem da sociedade, incluindo as mulheres,

tanto é que, atualmente elas participam paritaria-

mente do Parlamento. Apesar disso, o patriarcado

e suas manifestações são construções culturais, so-

ciais e econômicas que permanecem com muita

força mesmo em Estados ditos socialistas, uma vez

que ele não é somente um sistema de organiza-

ção das relações humanas e da relação entre os

sexos para cada qual foi idealizado um gênero,

mas uma forma de organização do mundo que

decorreu de um processo longínquo anterior à an-

tiguidade clássica e que, praticamente, se tornou

homogênea na modernidade. Dentro disso, po-

de-se afirmar a existência de muitos avanços sig-

nificativos conquistados pelas mulheres cubanas,

porém, tanto no capitalismo, quanto no socialis-

mo segue existindo muito fortemente paradigmas