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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT6: POLÍTICAS PÚBLICAS,
MOVI
MENTOS SOCIAIS E DEMOCRACIA: LUTAS, AVANÇOS E RETROCESSOS
modalidades de privatização da educação públi-
ca brasileira, encontra-se as parcerias público/pri-
vada, uma vez que, delegam à iniciativa privada
(ou mesmo ao terceiro setor) o controle da gestão
educacional e a construção do ensino nas esco-
las. Tendo por base o trabalho realizado por Pero-
ni (2018), tem-se dois exemplos dessas parcerias:
em relação ao ensino fundamental por meio do
Instituto Ayrton Senna (IAS) e com o ensino médio
com o Instituto Unibanco (IU). A implementação
do projeto neoliberal de Estado com o desmon-
te dos sistemas públicos de ensino, para posterior-
mente entregar para o capital, ganha um novo
aliado: os movimentos neoconservadores pelo ci-
berativismo. Juntos com a globalização, projetam
seus ideais sob o argumento de que o Estado está
em crise e, portanto, o padrão de qualidade deve
ser o do mercado, levando o gerencialismo para
dentro do Estado e das políticas sociais. Entretan-
to, esse movimento de desconstrução e de pri-
vatização de um projeto efetivamente público e
democrático de ensino, por meio de organizações
não governamentais, como é o caso do Instituto
Ayrton Senna e do Instituto Unibanco, apresentam,
segundo Peroni (2018), alguns pontos polêmicos,
como por exemplo: I) instituições privadas não
necessariamente seguem princípios constitucio-
nais de gestão democrática e gratuidade, mesmo
recebendo recursos públicos; II) promovem a pre-
carização do trabalho do professor, ao não pos-
suir estabilidade, plano de carreira e, em diversos
casos, sem receber salário, mas sim, bolsas e, por
fim; III) quem define o conteúdo da educação é o
privado.
Palavras-chave:
América Latina; educação
pública; privatização.