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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT7: DIREITOS HUMANOS E DESIGUALDADES SOCIAIS
plo, óbitos por câncer, por feminicídio) estabele-
cendo uma relação humanista de como a família
pode fazer novos arranjos de vida a partir da mor-
te da figura da mãe, esposa ou filha através da
construção de uma rede social de apoio e como
as equipes de saúde irão desenvolver novas habi-
lidades no processo de cuidado. Durante as visitas
de investigação de óbitos realizadas pelo Núcleo
de Eventos Vitais / Vigilância Epidemiológica da
Secretaria Municipal de Saúde de Cachoeirinha/
RS procuramos divulgar as redes de apoio social
existentes no município objetivando o amparo às
famílias em situação de vulnerabilidade social e
emocional. Este grupo de mulheres representam
uma fração considerável da força produtiva do
país e desempenham um papel fundamental
para a constituição e manutenção da família,
incluindo o alicerce no processo de cuidado e
acompanhamento do crescimento e desenvolvi-
mento de seus filhos. Na tentativa de reorganizar
a vida desses indivíduos o apoio social é funda-
mental para perceber sinais de risco para de-
sajustes orgânicos e sociais, integrando serviços
de saúde, escola, amigos, vizinhos entre outros.
Através da experiência das equipes de investiga-
ção ao longo de dez anos, aprimoramos o nosso
cuidado no atendimento humanizado às famí-
lias. Assim percebemos durante essa construção
desse novo método de fazer vigilância de óbitos
que as políticas públicas devem inovar sua práxis,
através das ações solidárias geradas horizontal-
mente entre indivíduos e grupos sociais no interior
da sociedade civil, nas instâncias de poder dos
governos, contribuindo para a compreensão do
determinismo social na saúde desses indivíduos.
E sempre nos questionamos: como produzir uma