417
VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT6: POLÍTICAS PÚBLICAS,
MOVI
MENTOS SOCIAIS E DEMOCRACIA: LUTAS, AVANÇOS E RETROCESSOS
ção das mulheres na região, a partir de dados do
Instituto Update (2016).
Os resultados sobre os padrões atuais de
participação informal das mulheres na América
Latina, apontam, primeiramente, para uma maior
participação feminina em protestos na Bolívia (em
que 17,2% das mulheres participaram no ano an-
terior ao survey), seguida da Venezuela (15,7%),
Uruguai (14,7%) e Argentina (14,5%), em contrapo-
sição aos países com menor participação, sendo
eles El Salvador (3,1%), Equador (3,6%) e Panamá
(4,3%), sendo a média da região de 9,5%. Quanto
à participação em reuniões de mulheres, o maior
índice encontra-se na Guatemala (em que 28,9%
já participou, seja anual, mensal, ou semanalmen-
te), seguida da República Dominicana (22,1%), e
do Paraguai (21,4%), enquanto a menor participa-
ção se dá na Argentina (6,4%), seguida pelo Chile
(9,7%) e El Salvador (9,8%), enquanto a média lati-
no-americana é de 15,7%.
Em relação às inovações democráticas na
América Latina, têm se observado a emergência
de uma série de iniciativas que pretendem dimi-
nuir a distância entre a sociedade civil e o poder
público (UPDATE, 2016). Projetos vêm surgindo a ní-
vel regional como o “Encuentro Latinoamericano
de Mujeres” (ELLA), que busca o encontro entre
diversos atores, como movimentos sociais, militan-
tes e agentes sociais e culturais, visando debater
as questões de gênero na América Latina, a partir
da criação de uma plataforma comum; e o “Al-
quimia: Feminist Popular Education School”, cujo
objetivo é realizar treinamentos e gerar conhe-
cimento para fortalecer o movimento feminista
(Update, 2016). Em nível nacional, apresentam-se
exemplos como o “Voces de Mujeres” (México)